Pornografia: Um mal muito maior do que imaginamos

A pornografia é aquele assunto que muitos líderes evitam por pelo menos 2 motivos:

Primeiro, porque muitos desconhecem a gravidade de sua proliferação no meio da igreja, uma vez que quem a pratica dificilmente confessa o erro, por vergonha, ou por medo que sua fraqueza se torne algo público e vire tema de fofocas.

Segundo, muitos pastores se sentem desconfortáveis em ensinar sobre o tema com receio de transmitir a idéia de que eles próprios praticam, desta forma, muitos preferem não discorrer sobre ela em seus ensinamentos.

O certo é que a pornografia hoje é uma pauta que tem que fazer parte de nossas reuniões e principalmente de nossos cultos de ensino, por causa da rapidez com que se alastra e também pelo estrago que faz.

Com o surgimento da internet e das redes sociais ela tem se espalhado rapidamente atingindo milhares de pessoas que logo se tornam viciadas. Geralmente os primeiros contatos acontecem por pura curiosidade e acabam gerando uma necessidade incontrolável de repetição e também de variação porque a pessoa que se torna escrava de pornografia necessita de formas cada vez mais diferenciadas e mais fortes para despertar os seus desejos que vão se tornando cada dia mais exigentes. Há relatos de pais que se tornaram usuários de pornografia simplesmente pela mera tentativa de fiscalizar o que seus filhos estavam acessando na internet.

O primeiro contato de uma criança com a pornografia geralmente acontece logo aos 11 anos de idade. O avanço tecnológico trouxe com ele meios de relacionamentos eletrônicos como MSN e também a facilidade que qualquer criança encontra em acessar os sites do gênero.

Segundo estimativas, nos Estados Unidos, 10 milhões de crianças ficam on-line todos os dias e multiplicam mais e mais amigos eletrônicos para bater papo. Um estudo recente com aproximadamente 1500 crianças americanas com idades entre 10 a 17 anos, divulgou que uma em cada 4 crianças foi exposta indesejavelmente a algum tipo de imagem de pessoas nuas ou realizando atos sexuais. Uma em 33 recebeu um convite para práticas sexuais on-line, telefonar ou mesmo marcar um encontro.

Infelizmente a pornografia é dona de uma grande fatia da internet e tem ganhado cada vez mais espaço, trazendo um efeito negativo principalmente para jovens e adolescentes e muita preocupação para pais e educadores e felizmente também está chamando atenção de muitas igrejas.

Dentre muitos, o principal impacto da pornografia entre jovens e adolescentes é a iniciação sexual que acontece cada vez mais precocemente e da forma errada. O jornal A Folha de São Paulo publicou na edição de 05/09/2008 uma pesquisa que informa que usar a pílula do dia seguinte e fazer sexo com variação de parceiros são atitudes que fazem parte da vida de jovens de classe média com idade entre 13 e 16 anos. Os pesquisadores ouviram 6308 alunos de escolas particulares descobrindo que 22% deles já perderam a virgindade e 19% afirmaram que já tiveram sexo com pelo menos 5 parceiros diferentes, 14 % tiveram relações com pessoas que conheceram pela internet e em média 25% iniciaram a vida sexual aos 14 anos.

Os modelos transmitidos por filmes, seriados, novelas e até mesmo pela publicidade são de infidelidade, sexo fácil, sexo grupal e constante troca de parceiros. A criança ou adolescente, uma vez que recebe essa informação distorcida do sexo tem a tendência de associar tudo aos seus relacionamentos sociais, passando a buscar o sexo apenas por mero prazer ou diversão momentânea sem nenhum compromisso e sem demonstrar qualquer tipo de sentimento pelo parceiro.

A pornografia é um assunto extenso que traz uma infinidade de temas que a igreja precisa conhecer, por isso traremos uma série de artigos semanais sobre ela que vale a pena você acompanhar.

Esta é uma série semanal de artigos sobre a pornografia. Análise feita por: PrAdeneir Sousa de oliveira.

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