A abordagem midiática dos eventos de Corpus Christi e da Marcha para Jesus

Paulo Teixeira

Ao fazer referência aos eventos religiosos que marcaram o feriado de 03 de junho, ficou nítido, uma vez mais, para onde pende a balança da parcialidade jornalística. Tanto a Band como a Globo trataram de maneira superficial a Marcha para Jesus, que reuniu em São Paulo cerca de cinco milhões de pessoas. Em ambas as emissoras, o destaque maior foi para às atividades católicas.

Dois episódios recentes vem corroborar a posição adotada por jornalistas e redatores, como as de hoje. Em 2009, a mídia, de forma orquestrada ou não, desprezou, numa atitude vergonhosa, a abordagem sobre o fatídico acordo assinado entre Brasil e Vaticano, o qual concedeu amplos privilégios à Igreja Romana, em solo brasileiro. A liderança evangélica fez enorme resistência no Congresso Nacional, como também promoveu debates em emissoras de rádio e TV evangélicas. No entanto, tais manifestações foram ignoradas pela mídia brasileira.

Mais recentemente no caso envolvendo um padre de Alagoas e um adolescente, inclusive com imagens de sexo explícito, o mundo jornalístico, exceto Roberto Cabrini e sua equipe, no Conexão Repórter do SBT, simplesmente preferiu ‘não ter conhecimento do fato’, evitando assim ter que se aprofundar no assunto, certamente para não arranhar a imagem da igreja romana.

Diante do exposto, percebe-se que tamanha benevolência à Igreja Católica, por parte da ‘livre’ impressa, só vem ratificar que há um poder maior, nos bastidores, que administra tudo.

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