PLC 122: propaganda, fantasia e farsa na promoção do homossexualismo

Julio Severo

Extremistas esquerdistas e ativistas homossexuais estão dispostos a qualquer coisa para aprovar o PLC 122. Na própria Câmara dos Deputados, o projeto foi aprovado na surdina no final de 2006.

Agora, a meta é pintar o projeto de inofensivo. Foi com tal finalidade que Adilson José Paulo Barbosa, assessor da bancada federal do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, preparou o documento “Homofobia e Discriminação no Senado Federal — pela Aprovação do Projeto de Lei da Câmara – PLC n° 122, de 2006”.

Uma breve leitura do documento revela exóticas incoerências e fantasias. Vejamos a seguir trechos do documento seguidos de meus comentários:

Adilson José Paulo Barbosa: Infelizmente, numa combinação de intolerância e dogmatismo, fortalece-se no Brasil um movimento de combate, inclusive físico, a livre orientação sexual e a liberdade religiosa. Em nome da fé e de “pseudos” ou exclusivos valores cristãos, violam-se princípios estruturantes da nação e do Estado brasileiro. (Página 1.)

Julio Severo: Sim, o movimento de combate à agenda homossexual está crescendo, mas não “inclusive físico”, pois os cristãos — tanto católicos quanto evangélicos — não estão usando força física contra os homossexuais. Bem diferente do PT, que em suas greves apelava justamente para a força física. Vinte anos atrás, eu estava num ônibus em São Paulo que teve a infelicidade de passar perto de um local de grevistas e agitadores do PT, que estavam bloqueando os veículos. O ônibus levou uma pedrada, que estilhaçou o vidro da frente, ferindo horrivelmente a senhora que estava logo à minha frente e me deixando com alguns estilhaços na cabeça, embora sem me causar ferimentos, pela graça de Deus. Esse é o estilo PT-MST. Eu nunca vi católicos e evangélicos com esse comportamento petista-arruaceiro diante de uma parada homossexual. É muito mais fácil um petista militante recorrer à violência do que um cristão praticante. Por isso, se os opositores do homossexualismo fossem do PT e MST, aí sim os homossexuais teriam motivos de sobra para se preocuparem com segurança física. Sobre a acusação “Em nome da fé e de ‘pseudos’ ou exclusivos valores cristãos, violam-se princípios estruturantes da nação e do Estado brasileiro”, é preciso lembrar o óbvio: tanto a nação quanto o Estado brasileiro não estão estruturados em cima da sodomia. Aliás, os criadores do Estado brasileiro ficariam certamente horrorizados se viessem a saber que sua criação seria no futuro levianamente usada em prol da sodomia.

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Adilson José Paulo Barbosa: Apesar dessa diretiva político/jurídica, barreira intransponível e insuperável ao arbítrio, à intolerância e ao fanatismo, esquecendo-se de novo da noite de São Bartolomeu, certos representantes do povo reforçam o preconceito e atiçam a discriminação contra cidadãos e cidadãs, que professam outra fé ou têm práticas (ou orientação) sexuais diferentes. (Página 2.)

Julio Severo: Adilson tacha a oposição à radical agenda homossexual de preconceito, intolerância e fanatismo, usando inclusive a memória da noite de São Bartolomeu, onde aproximadamente 100.000 homens, mulheres e crianças evangélicos franceses foram massacrados por opositores movidos por preconceito religioso e interesses políticos. Para validar seus argumentos, Adilson precisa encontrar um único exemplo onde evangélicos ou católicos tenham massacrado 100.000 homossexuais no Brasil. Vou esperar deitado! Enquanto Adilson lida, na questão homossexual, com fantasias, os evangélicos têm a real experiência do preconceito injusto e assassino. Por isso, acusar os evangélicos de preconceituosos é uma insanidade sem tamanho, pois a terrível noite de São Bartolomeu prova como os evangélicos são vítimas de implacável preconceito. Além disso, é preciso observar que o movimento de militância homossexual começou a atuar debaixo da sombra da liberdade de países protestantes, usando a liberdade que ganharam para atacar exatamente aqueles que lhes deram. Enquanto estou aqui deitado esperando a resposta do Adilson, vou lhe dar uma chance maior. Talvez seja difícil encontrar 100.000 homossexuais assassinados no Brasil num curto período de tempo. Então — digo a ele — tente procurar, em toda a história mundial, um único exemplo, em qualquer país, onde 100.000 homossexuais foram assassinados num curto período de tempo. Vou continuar esperando deitado.

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Adilson José Paulo Barbosa: No momento, num episódio assustador e preocupante, pelo grau de fundamentalismo e preconceito demonstrado, assistimos a resistência do Senado da República, em aprovar uma legislação que visa combater a violência praticada contra brasileiros e brasileiras que têm ou terão (uma) outra (ou outras) orientação sexual. (Página 2.)

Julio Severo: Episódio assustador e preocupante? Estão sendo assassinados centenas de milhares de homossexuais e o governo nada faz? Todos os cidadãos brasileiros, independente de suas opiniões e comportamentos, são igualmente protegidos pela mesma lei brasileira. Se há alguma desigualdade e injustiça, então é mais do que óbvio que deveria haver centenas de milhares de assassinatos de homossexuais. Contudo, o que a realidade mostra? Nos últimos 25 anos, aproximadamente 800 mil brasileiros foram assassinados. Desses, quantos homossexuais foram vítimas? Dez por cento? Se fossem dez por cento, seriam 80 mil homossexuais assassinados. Contudo, o próprio Grupo Gay da Bahia afirma que nos últimos 25 anos apenas 2.511 homossexuais foram assassinados. Por que então o PT e os grupos gays fazem tanto barulho enquanto TODA a população brasileira encontra-se muito mais insegura do que o segmento homossexual? Para mais informações sobre essas estatísticas, veja: http://juliosevero.blogspot.com/2007/06/propaganda-e-mentira-na-defesa-das-leis.html

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Adilson José Paulo Barbosa: Além de sofrerem com diversas formas de preconceitos e discriminações na sociedade e, em especial, nos meios de comunicação, pessoas com orientação sexual diferentes têm sido agredidas e mortas em todo país. Ocorre o mesmo com milhares de mulheres ou mesmo homens, apenas por sua condição de gênero ou identidade sexual. (Página 5.)

Julio Severo: Novamente, o Adilson traz o discurso repetitivo de homossexuais assassinados, porém eu não vou ser repetitivo na resposta. A repetição, no caso de uma informação falsa, tem como único objetivo legitimar a falsidade. Aliás, o nazismo dizia que uma mentira repetida muitas vezes acaba se tornando verdade. No caso de “preconceitos e discriminações em especial nos meios de comunicação”, talvez devêssemos concordar com o Adilson, pois diariamente vemos novelas e outros programas de TV condenando o comportamento homossexual, sempre excluindo de seus quadros personagens ou artistas homossexuais, nunca nem mesmo fazendo qualquer menção positiva ao homossexualismo. As revistas e o jornalismo censuram sistematicamente o assunto de casamento homossexual, enquanto os noticiários dão destaque especial e favorável aos interesses cristãos. Por puro preconceito, nenhuma TV mostra absolutamente nada acerca das paradas gays, enquanto a Marcha para Jesus é exibida em horário nobre por todos os canais de TV! Quanta intolerância, não? Parece que, conforme vê Adilson, as novelas pintam os homossexuais como monstros. De forma contrária, para pura indignação de Adilson, as novelas sempre pintam os evangélicos e católicos como pessoas boas. Ao que tudo indica, enquanto estou deitado esperando a resposta do Adilson, estou sonhando alto. Ou será que é o Adilson que está sonhando?

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Adilson José Paulo Barbosa: Em sociedades democráticas, não é papel do Estado e de seus representantes fomentar doutrinas ou credos religiosos. (Página 10.)

Julio Severo: Assim, na visão de Adilson, o Estado não pode promover os Dez Mandamentos, ou mesmo o mandamento: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é” (Levítico 18:22 ACF). Mas o Estado pode e tem promovido a sodomia, onde existem programas federais, inclusive o Brasil Sem Homofobia, que determinam a apresentação favorável do homossexualismo, inclusive nas escolas. Para Adilson, Dez Mandamentos “não”, sodomia “sim”.

O nazismo também agia assim, banindo os valores cristãos das leis e promovendo o paganismo, o ateísmo, o evolucionismo e o humanismo.

A promoção sistemática do homossexualismo traz o sério risco de dar poder aos homossexuais problemáticos. Tal foi o caso de Hitler. O nazismo matou entre 5 e 15 mil homossexuais. Esse foi o maior “holocausto” de homossexuais que se conhece, que nem chega perto da noite de São Bartolomeu. E sabe-se hoje que Hitler e a cúpula nazista eram homossexuais. Daí, os próprios homossexuais representam, em termos de violência, torturas e assassinatos, o maior perigo para si.

Mesmo assim, os esquerdistas e os grupos homossexuais reivindicam direitos, privilégios e leis especiais como se os homossexuais tivessem sido vítimas de uma noite de São Bartolomeu.

A essa altura, se eu continuar esperando Adilson encontrar 100 mil homossexuais assassinados em curto período de tempo, presumo que terei de ficar deitado um longo, longo tempo!

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Adilson José Paulo Barbosa: A liberdade de expressão, inclusive religiosa, não estará impedida. A pregação contra o “vício” e a “luxúria”, nunca foi e nem será crime, desde que se respeite a dignidade e alteridade daqueles que professam outra fé, ou mesmo, fé alguma. (Página 8.)

Julio Severo: Além da afirmação incessante de “assassinatos de homossexuais”, outra declaração repetidíssima é a de que o PL 122 não tirará a liberdade de expressão dos cristãos. Agora, voltemos à realidade. Na página 2, Adilson diz: “O Projeto de Lei da Câmara (PLC) n° 122, de 2006, elaborado pela a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT)”. Pelo argumento de Adilson, com a criação do PLC 122 a meta da ABGLT não é perseguir nenhum cristão. Entretanto, mesmo antes da aprovação desse projeto de lei a própria ABGLT já entrou com ações legais contra Silas Malafaia, VINACC, Julio Severo e outros. Já que a ABGLT jamais atacaria nem violaria a liberdade de expressão dos cristãos, é de se presumir que a ABGLT teve razões sérias para essas ações. É preciso agora saber: Quantos homossexuais Silas Malafaia, VINACC e Julio Severo torturaram, agrediram e mataram?

Para entender mais sobre a ABGLT, leia o artigo deste link: http://juliosevero.blogspot.com/2008/10/grupo-gay-perseguidor-de-cristos-recebe.html

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O petista Adilson José Paulo Barbosa assessorou o relator petista do PLC 122 quando estava na Câmara dos Deputados. O projeto, que é de autoria de uma deputada do PT, hoje se encontra no Senado sob a responsabilidade da relatora Fátima Cleide, também do PT. Embora Adilson não veja nada de polêmico no projeto, Cleide garante que, se for aprovado, Lula, que também é do PT, vetará os pontos polêmicos.

É tudo em família! É a aliança PT-ABGLT lutando pela aprovação do PLC 122. Se tiverem chance, farão o projeto passar do mesmo jeito que foi aprovado na Câmara: na surdina. É a ficção e a fantasia prevalecendo sobre a verdade, onde os homossexuais são pintados como as pessoas mais desprotegidas do Brasil, como se todos na sociedade brasileira usufruíssem de segurança, menos os homossexuais. Contudo, por mais que os grupos gays preguem ao contrário, não está havendo no Brasil nenhum holocausto de homossexuais.

Com tanta ficção e fantasia envolvendo o PLC 122 e sua defesa, eu prefiro acreditar na estorinha de Chapeuzinho Vermelho, que não traz ameaça para ninguém. Já as estórias e insinuações do PLC 122 não têm nada de inocente e representam muito perigo.

Em vez de ocuparem o próprio tempo e nosso dinheiro com ficções perigosas, os congressistas bem que poderiam escolher Chapeuzinho Vermelho para passar o tempo. Mas mesmo nesse caso, ainda poderia haver absurdos, pois eles poderiam acabar criando uma lei anti-discriminação para proteger os lobos maus do preconceito e intolerância da menina e sua avó!

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