Joel Chernoff é o CEO da “Messianic Jewish
Alliance of America” [Aliança Judaica Messiânica da América]. Em
entrevista recente ao The Jewish Journal, ele afirmou que existem hoje
cerca de 800 congregações judaicas messiânicas no mundo. Considerando
que em 1967 não existia nenhuma, sem dúvida é um impressionante
crescimento.
“O judaísmo messiânico é a corrente judaica que cresce mais
rapidamente desde 1967″, diz Joel. Ele calcula que existem mais de um
milhão de judeus messiânicos: “Os judeus estão-se tornando crentes em
Yeshua” - disse ele, referindo-se a Jesus. Ele baseia suas afirmações
no censo realizado junto à população judaica.
Chernoff explicou que “a corrente principal dos líderes judeus
contesta, dizendo que o judaísmo messiânico não é parte do judaísmo…
Segundo o rabino presidente da União do Judaísmo Reformado, o judaísmo
messiânico ”é construído sobre uma mentira”.
Mas o CEO ressaltou “Mesmo que essa linha divisória entre evangélicos
e judeus messiânicos possa ser distinta em outros países, em Israel ela
tem se enfraquecido à medida que o país se esforça por conseguir todo
apoio político que puder… As congregações messiânicas são compostas na
sua grande maioria por judeus vindos de todos os ramos do judaísmo
tradicional, mas também há pessoas oriundas de diversas denominações
evangélicas”.
Por isso, algumas congregações são formadas por judeus e gentios que
cultuam conjuntamente, num misto de igreja e sinagoga. Essa aproximação e
crescimento, segundo o movimento messiânico eram previstas “A conversão
recente de tantos judeus ao Messias Jesus é mais um sinal evidente de
que as promessas de Adonai para o Seu povo estão se cumprindo nestes
últimos dias. O Senhor prometeu que muitos se iriam voltar para Ele,
formando o “remanescente” para o qual o Messias muito em breve virá!”.
Chernoff explicou que as congregações messiânicas preocupam-se com
Israel. Ao longo dos últimos 10 anos, a Aliança Judaica Messiânica
calcula que eles já contribuíram com US$ 100 milhões para diferentes
projetos. No entanto, ele observa, os judeus messiânicos não estão
autorizados a compartilhar sua fé com os israelenses, embora o governo
aprecie e estimule esse apoio.
No entendimento dos messiânicos, o mundo está enfrentando sua quarta
guerra mundial, que ocorre sem alarde. Trata-se de um conflito religioso
entre o mundo livre e o mundo islâmico fundamentalista que acredita na
dominação do mundo pela jihad [guerra santa].
O líder da Aliança Judaica Messiânica acredita que a crescente
aproximação atual entre o cristianismo e o judaísmo, depois de quase
2.000 anos de inimizade é “um dos sinais críticos dos tempos fatídico em
que estamos vivendo e um raio de luz que atravessa a escuridão que
emana do Irã, Al Quaeda, o Hezbollah e o Hamas… Os cristãos estão
divulgando o chamado que Deus permanece fiel à Sua aliança inicial com
Israel, e que a profecia bíblica continua sendo cumprida através do povo
de Israel que estão vivendo na terra prometida”.
Mesmo assim, há uma grande resistência por parte dos ortodoxos, que
temem que grupos cristãos tentem usar essa proximidade para converter os
judeus ou forcem uma unificação teológica entre judaísmo e
cristianismo. Porém, os líderes do movimento messiânico ressaltam que
“nesses tempos proféticos fica cada vez mais evidenciada uma onda sem
precedentes de amor cristão pelo povo judeu”.
Traduzido e adaptado de Jewish Journal
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