Se
a imprensa, boa parte dela ao menos, que cobre o caso Marco Feliciano
(PSC-SP) estivesse empenhada em reportar os fatos aos que estão do outro
lado da tela, em vez de tentar convertê-los ao progressismo, só um
título — ou variantes com tal conteúdo — seria possível para deixar
claro o que se deu nesta terça na reunião de líderes com o presidente da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara: é o que está aí no
alto. Sim, foi isto mesmo: o PT impediu a renúncia de Feliciano à
presidência da comissão. Ou, se quiserem, o PT mantém Feliciano.
Por quê? O
deputado aceitou renunciar à presidência da comissão. Ele só impôs uma
condição: que os petistas José Genoino e João Paulo Cunha renunciassem à
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). É claro que acho uma boa
proposta, até porque ela surgiu primeiro neste blog. E olhem, observei
então e observo agora, que Feliciano não é oficialmente um criminoso; os
outros dois são. O que é um criminoso? O Houaiss explica: “que ou
aquele que infringiu por ação ou omissão o código penal, cometendo
crime; delinquente, réu”.
Vamos ver
como a imprensa vai noticiar a coisa. Nos sites dos grandes jornais, já
vi que a informação foi parar no pé. As TVs, pelo cheiro da brilhantina,
tendem a omitir a condição que ele impôs, rejeitada pelo PT. Assim,
os nobres coleguinhas vão esconder dos telespectadores pela segunda vez
que os petistas são os responsáveis pela manutenção de Feliciano na
comissão:
a) quando a recusaram para pegar postos mais importantes, deixando-a para O PSC;
b) quando recusaram a renúncia de dois deputados criminosos.
a) quando a recusaram para pegar postos mais importantes, deixando-a para O PSC;
b) quando recusaram a renúncia de dois deputados criminosos.
E por que
vão esconder? Ah, porque não é “progressista”. Como estão em campanha em
favor do casamento gay — e podem estar, tudo certo! —, todas as
notícias passarão por esse filtro. Eu sempre defendi que os veículos de
comunicação tenham agenda. Só os tiranos querem impedir que tenham. Mas
distorcer os fatos não é parte do jogo.
Proposta excelente
A proposta de Feliciano era excelente porque se aumentava a moralidade média da CCJ, ainda que muito pudesse ser feito por ali. Notem que Feliciano não exigiu, por exemplo, a renúncia de José Guimarães (PT-CE), irmão de Genoino, líder do PT na Câmara e chefe daquele pobre coitado encontrado com a cueca recheada de reais e dólares. Até os semoventes sabem que o dinheiro não era dele. O sujeito mal falava; tartamudeava. E olhem que Feliciano não pediu a renúncia de Ricardo Berzoini (PT), presidente do PT quando estourou o caso dos aloprados. Que ele conhecesse parte da operação ao menos, isso está comprovado pelos fatos. E olhem que Feliciano não pediu, atenção!, a renúncia de Paulo Maluf (PP-SP). Sim, ele mesmo: Maluf, acreditem, é titular de uma comissão chamada de “Constituição e Justiça”.
A proposta de Feliciano era excelente porque se aumentava a moralidade média da CCJ, ainda que muito pudesse ser feito por ali. Notem que Feliciano não exigiu, por exemplo, a renúncia de José Guimarães (PT-CE), irmão de Genoino, líder do PT na Câmara e chefe daquele pobre coitado encontrado com a cueca recheada de reais e dólares. Até os semoventes sabem que o dinheiro não era dele. O sujeito mal falava; tartamudeava. E olhem que Feliciano não pediu a renúncia de Ricardo Berzoini (PT), presidente do PT quando estourou o caso dos aloprados. Que ele conhecesse parte da operação ao menos, isso está comprovado pelos fatos. E olhem que Feliciano não pediu, atenção!, a renúncia de Paulo Maluf (PP-SP). Sim, ele mesmo: Maluf, acreditem, é titular de uma comissão chamada de “Constituição e Justiça”.
Que eu
saiba, só mesmo os líderes do PT, PSOL, PDT, PCdoB e PPS insistiram na
renúncia. Os demais acabaram concordando com a permanência. O PSDB nem
mesmo participou da reunião porque considerou que não havia dispositivo
regimental que a justificasse. E não há mesmo. Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), presidente da Câmara — imaginem se Feliciano tivesse proposto
a renúncia de todo mundo que está enrolado com a Justiça… — cobrou que
as reuniões da comissão voltem a ser abertas. Voltarão. Quero saber se o
homem que responde pela segurança dos trabalhos na Casa Legislativa
garantirá também as condições necessárias para a sua realização.
Se não garantir, Feliciano pode recorrer ao Artigo 272 do Regimento Interno e fechar de novo. E o artigo diz o seguinte:
Art. 272. Será permitido a qualquer pessoa, convenientemente trajada e portando crachá de identificação, ingressar e permanecer no edifício principal da Câmara e seus anexos durante o expediente e assistir das galerias às sessões do Plenário e às reuniões das Comissões.
Parágrafo único. Os espectadores ou visitantes que se comportarem de forma inconveniente, a juízo do Presidente da Câmara ou de Comissão, bem como qualquer pessoa que perturbar a ordem em recinto da Casa, serão compelidos a sair, imediatamente, dos edifícios da Câmara.
Art. 272. Será permitido a qualquer pessoa, convenientemente trajada e portando crachá de identificação, ingressar e permanecer no edifício principal da Câmara e seus anexos durante o expediente e assistir das galerias às sessões do Plenário e às reuniões das Comissões.
Parágrafo único. Os espectadores ou visitantes que se comportarem de forma inconveniente, a juízo do Presidente da Câmara ou de Comissão, bem como qualquer pessoa que perturbar a ordem em recinto da Casa, serão compelidos a sair, imediatamente, dos edifícios da Câmara.
Para encerrar
Feliciano, certamente, não representa um monte de gente. Também diz tolices e inconveniências sobre a morte de Jesus Cristo. Ooops, errei, ele falou besteira sobre a morte daquele outro mais famoso, né?, o tal John Lennon, acho… Mas representa outros tantos, como se vê na foto abaixo, de André Borges, da Folhapress. Aqueles dois que estão ali não devem ter entendido, inclusive, que o deputado seja racista.
Feliciano, certamente, não representa um monte de gente. Também diz tolices e inconveniências sobre a morte de Jesus Cristo. Ooops, errei, ele falou besteira sobre a morte daquele outro mais famoso, né?, o tal John Lennon, acho… Mas representa outros tantos, como se vê na foto abaixo, de André Borges, da Folhapress. Aqueles dois que estão ali não devem ter entendido, inclusive, que o deputado seja racista.
Aos
inconformados, inclusive os do jornalismo, coma liberdade de expressão,
resta-me repetir a fala do economista Walter Williams:
“É fácil defender a liberdade de expressão quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas”.
“É fácil defender a liberdade de expressão quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas”.
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